sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

11º Capitulo Parte II - Mexe mas é esse rabo, oupa!

Acordei com a Tááh a fazer barulho na cozinha, já devia ser tarde. Peguei no telemóvel para ver as horas e constatei que já eram 18:15h. E tinha o mensagem da Tááh.

"Oh amor, está tudo bem? Costumas sair cedo da associação e ainda não deste noticias.
Não te esqueças do jogo de logo. Beijinhos
Tááh."

Pus-me a pé e fui até a cozinha. Ela estava de volta dos armários.


- Olá tontinha.
- Aii! Que susto. - Ela estremeceu ao me ver.
- Ai calma. Só sou eu... Desculpa não te ter dito nada mas o D.Gonçalo dispensou-me agora à tarde e com o sono que estava adormeci logo.
- Mas dispensou-te porque? Estás bem Ana?
- Estou toto. Só que ontem não dormi nada e hoje estava a morrer no trabalho. E ele pronto. Mandou-me para casa.
- Ah ok. Olha vai tomar um banho enquanto eu ponho o frango no forno. O jogo é as 19:30h temos que comer mais cedo.
- Oh Rita, não sei se vou...  Não tenho vontade nenhuma.
- Tu não tens o que? Mexe mas é esse rabo, oupa! 
- Oh, a sério. 
- Ana, passou-se algo ontem não se passou? Estas esquisita. Podes falar comigo.
- Não...
- Querida eu conheço-te bem. Diz lá.
- Estou tão confusa Tááh. O David não me tem saído da cabeça, e não sei porque! Ele mexe comigo, é verdade. Ele não me é indiferente, também é verdade. Mas porra, já é demais... 
- O que se passou para ele ontem estar assim?
- Assim como? não percebi. - a verdade é que não tinha percebido mesmo o que ela queria dizer com aquilo.
- Óh Ana desde que foste embora o David ficou esquisito. Ficou mais "tristonho". E até foi embora mais cedo. O que aconteceu.
- Foi impressão tua...Eu caí á piscina. E ele ajudou-me.
- E... - não queria contar, mas mais tarde ou mais cedo ela teria que saber. E se não fosse por mim talvez ficasse chateada. Ainda pensava que não confiava nela. Mas confiava. Das pessoas em que mais confiava..
- Não te escapa nada pois não Tááh?! 
- Não. Claro que não. Agora conta lá...
- Foi quando eu caí á piscina... Ele pegou em mim e ajudou-me para me sentar. E não resisti...
- Tu...?
- Sim. Eu beijei-o...
- Tu beijaste-o? E ele? 
- E ele nada! Não lhe dei tempo também. Pedi desculpas e sem dizer mais nada vim embora. Não o devia ter feito. Tenho medo que ele não queira mais a minha amizade. A minha cabeça anda ás voltas. Não sei o que fazer. Não dormi nada, porque passei a noite a pensar naquilo. Acho que estraguei tudo. Nem sei porque o fiz. Por isso é que é melhor eu não ir hoje, só iria piorar as coisas.


Ela sentou-se ao meu lado e pegou nas minhas mãos. As dela estavam quentes o que me deu conforto.


- Ana, calma! Mais cedo ou mais tarde vais ter que falar com ele e esclarecer as coisas! Também nem deste oportunidade de ele se expressar. E não precisas de estar confusa. Não fujas das coisas, dá para ver ao longe que estas a ficar apaixonada amiga. Deixa as coisas andarem. Vive o agora, se não der não deu. Se não tentares não o vais conseguir de certesa. E sim, vais ao jogo comigo! E por isso vai lá tomar banhinho sim ó toto?! - As palavras dela deram-me segurança e conforto, o que me fez relaxar todos os músculos. Abracei- a com força e agradeci.


- Obrigada amor! Só tu..
- De nada toto. Vai lá tomar banho. Não quero chegar atrasada. Áh e põe-te bonita está bem? - piscou-me o olho.
- Nécia...


Fui directa para a casa de banho. Tomei um banho quentinho e deixei-me estar lá uns minutos. No fundo ela tinha razão. Era muito mais que indiferença, e tinha que deixar as coisas andar, mas eu não era capaz de ser assim tão radical. Tinha medo do que podia acontecer.
Saí e coloquei o creme nas pernas. Abri o Armário e vesti uma coisa simples. Não estava para me produzir, até porque ia ver um jogo de futebol e não propriamente a alguma festa. Vesti uma camisola vermelha um casaco cinza escuro, umas calças de ganga e umas sapatilhas.




Quando estava a secar o cabelo ouvi a água correr. Ela devia estar a tomar banho. Parei de o fazer e fui para a cozinha para por a mesa, mas ela já o tinha feito.
Fui ao quarto da Tááh e escolhi-lhe a roupa.


Vim para a sala e liguei a televisão, não estava a dar nada de jeito. Ouvi o som do forno e fui tirar o frango. Estava com um aspecto delicioso. 


- Amor, já está pronto. Vens? - disse numa voz mais elevada para que ela ouvisse.
- Sim toto. Já estou cá. Huum, que cheirinho!

Comemos e repetimos. Estava realmente bom. Pegamos nos cachecóis nas nossas coisas e saímos de casa para não chegarmos atrasadas. Mas também não me importava, quanto menos tempo lá estivesse melhor. Conseguimos encontrar sitio para estacionar e dirigimo-nos á entrada.


- Rita, onde vais?
- Onde vamos! Vamos para os camarotes ou esqueceste-te?
- Não Rita. Não vou. Não me quero cruzar com ele.
- Ana. Vala. Já tínhamos combinado tudo. Anda, por mim.
- Oh está bem. Mas só vou porque sei que tu e o Rúben...
- Nós ainda nada. Anda vala amor.
- Está bem... 


Nunca mais me tinha lembrado que eles tinham combinado ir para os camarotes. Tinha receio de o ver, da reacção dele. Eu sei que não podia fugir muito mais tempo, mas não o conseguia enfrentar depois do beijo.
Quando chegamos á porta parei.


- Anda amor. Não tenhas receio. Vai correr tudo bem...


Respirei fundo e entramos as duas de mãos dadas. Ele não estava lá, só estava o Rúben. Ainda bem.
Estavam lá algumas mulheres, deviam ser as mulheres do jogadores. Começaram logo a olhar.
Cumprimentei o Rúben, assim como a Rita. Ela perguntou pelo David. O Rúben apontou para a porta. O meu olhar seguiu a sua mão e vi-o.Nesse momento fiquei totalmente sem saber o que fazer. Ele estava lindo, já tinha o equipamento vestido e aqueles caracóis estavam perfeitos.
Ele ao ver-me ficou estático. Provavelmente não me queria ver.
Dirigiu-se à Rita e cumprimento-a. Olhou para mim com um olhar á qual não consegui descodificar o seu sentimento.


- Pensava que não vinha, depois de ir embora como foi.
- Olá David. E não não era para vir. - Disse já cabisbaixa.
- Olha pra' mim vá. Precisamos falar. - Senti um aperto no peito e fiquei sem saber o que fazer. Mas fui salva pelo JJ.
- Meninos, vinde. Esta na hora de ir para o campo.
- Tenho que ir. Mas não fuja por favor.

Livrei-me de boa. Mas porque que ele não queria que fugisse? Para me dizer tudo aquilo que não queria ouvir? Só se fosse...
Eles foram para o relvado e pouco tempo depois o jogo começou. As mulheres vieram ter connosco e conhecemos-nos. Elas eram bastante simpáticas por sinal.
O jogo estava quase no final e estava a ficar nervosa. A Rita disse para ter calma mas eu não conseguia. Estava-mos a ganhar por 2-1. Mas o David não estava nos seus melhores dias.
Deu-se o apito final e o estádio ficou ao rubro.
As vozes que se faziam ouvir faziam vibrar tudo. E o meu corpo devia estar a tremer tanto quanto eles...
Fomos todas para a sala de convívio. Parece que era lá que se esperava pelos jogadores.
Apetecia-me sair dali a correr, sem pensar duas vezes. Mas sabia que magoava a Rita. Não estava a suportar mais e falei.


- Rita vou-me embora...
- Tu o que? 
- Desculpa não consigo... - Caiu uma lágrima pelo meu rosto e ela limpou-o.
- Não vás querida.


Ana Sousa*

9 comentários:

  1. Posta rápidamente o próximo,"Estou ficando amarradona nessa fic" :-P
    Estou bastante empolgada, para ver a conversa deles espero que corra bem.
    Bjokas e continua...
    Tatty

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  2. Somos duas tatty

    quando postas mais?

    beijinhooo

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  3. Oh ela tem q falar com ele!!!

    quero mais

    continua

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  4. Ainda não se sabe se vai ficar.. XD

    Não sei tatty. Talvez amanha, mas não prometo nada
    Obrigada pelos comentes meninas, vou fazer de tudo para não vos desiludir :D

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  5. quero mais...

    ela tem que falar com ele...

    adorei...

    continua...

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  6. E acabasse assim?

    Quero mais aninhas

    Beijinho*

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  7. Oh Aniinha e tu acabas assiim, issO nãO vale!!

    COntiinua...

    GOstO muiitO..

    BjnhOo

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  8. Ai agora estou curiosa :p
    Posta logo estou a adorar!
    Beijinhos.

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  9. Ai Ana mas acabas assim?
    Ela tem que falar com ele!
    Quero mais!
    Gosto tanto desta fic +.+
    Beijinhos Inês :)

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