quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

1º Capitulo


Eram 08:50h  e estava de novo atrasada, e ainda tinha que ir aos correios. Aquele despertador andava a ficar maluco. Tanto despertava mais cedo, como mais tarde!
Já estava em Lisboa à cerca de 4 meses e ainda me custava a encontrar os sítios à primeira o que me atrasava ainda mais..

Depois de ir aos correios, já a caminhar para a associação, ouço um carro, completamente descontrolado, em direcção à passadeira a qual estava a passar. Corri e consegui que não me atropela-se.


- Atrasado mental! - disse irritada.
 

O canalha que ia lá dentro virou para trás e nuns simples segundos desapareceu. Mas só depois percebi porque. Estava uma senhora no chão! Atropelada por aquele bruta montes!
Corri na direcção da senhora que parecia não se conseguir mexer direito.


- Minha senhora, você está bem?
- Sim querida, ajuda-me só levantar por favor. - disse-me de uma maneira dolorosa.


Ajudei-a com um pouco de esforço, mas consegui.


- Tem a certeza que está bem? - disse preocupada
- Sim, agora é só descam...

A senhora desmaiou e eu num acto de rapidez conseguia segurar e já aflita tentei acorda-la.



- Senhora, senhora! Acorde por favor!
- Diga-me como se chama esta rua por favor! Disse quase em choro.
-  Rua António Nobre. - disse-me a custo com os olhos entreabertos e com uma cara de espanto. 
Era compreensível, naquele momento a pedir o nome da rua era minimamente estranho.


Peguei no telemóvel num ápice e marquei o número dos bombeiros.


- Estou sim? Precisava de uma ambulância urgentemente para a rua António Nobre.
- Diga-me a gravidade da situação.
- Uma senhora foi atropelada, está desmaiada e parece-me ter fracturado gravemente algumas partes do corpo. - disse mentindo para que se apressassem.
- Seguiremos já para aí.
- Obrigada.


Estava sentada no passeio com a cabeça da senhora pousada em mim e tentei fazer com que ela não desmaia-se de novo. Passando 10 minutos a ambulância tinha chegado.
Eles transportaram-na para a ambulância, eu amarrei na minha mala e na da senhora que estava caída e entrei para a acompanhar.
A viagem foi feita quase toda com os bombeiros a verificarem o estado da senhora e outro fazendo-me perguntas, perguntas essas desnecessárias, estava na cara que se estava a atirar a mim, mesmo perante aquela situação.
Ele já me estava a irritar quando a senhora me chamou.


- Menina? Como se chama?
- Ana. Você está melhor? - sorri

- Oh esqueci. Chamo-me Regina Querida.Sim, graças a si! Obrigada.
- De nada D.Regina. Fiz o que qualquer pessoa faria.


Ela simplesmente abanou com a cabeça indicando que não enquanto os senhores a levavam para dentro de uma sala.


Nesse momento aproveitei para ligar ao meu patrão e a Rita a dizer que não podia passar por lá porque tinha acontecido um problema.
Entrou uma enfermeira seguida de outra. E uns momentos depois um médico.
Nunca mais saíam e já estava a ficar preocupada com aquela espera toda.

Dois minutos depois saiu o médico..


- Familiar de Regina Marinho?


Levantei-me e fui em direcção a ele, embora não fosse familiar, sabia que era comigo.


- Como é que ela está doutor? Há alguma coisa de errado?
- Tenha calma, ela está bem. Só algumas nódoas negras e um entorse, mas nada que não passe. Terá alta daqui a umas horas, até lá estaremos a vigiar o seu estado. Se quiser já pode ir vela.
- Obrigada Doutor. - disse mais descansada.


Entrei no quarto sem fazer barulho e a D.Regina sorriu-me.

- Obrigada minha filha. Estarei eternamente grata. Você foi um anjo!
- Não diga isso! Fiz o que tinha de fazer.
- Mas você viu minha filha, tanta gente lá e você foi a única. Podia ignorar como os outros mas não o fez. E lhe estou muito grata por isso querida. - Sorri
- D.Regina? 
- Sim?
- Você tem o número de algum familiar seu? Convinha avisar alguém. - Disse calmamente.
- Ai meu Deus. Meu filho vai ficar tão preocupado. Querida pode procurar ai no celular o nome do meu filho? É david. Fazias-me mais esse favor?
- Claro D.regina. - Sorri


Marquei o número e ligei..


- Estou?
- Tô? Quem fala?
Como lhe digo quem sou? - pensei antes de responder
- É o David?
- Sim, mas quem fala?

- É a Ana, você não me conhece. Mas a sua mãe foi atropelada e eu trouxe-a para o hospital.
- Minha mãe? Ó meu Deus! Como ela está? Vou já para aí.

- Tenha calma. A a sua mãe está bem. Vai ter alta daqui a umas horas. Sim venha, mas com calma!
- Obrigado. Estou já aí! - disse apressado e desligou.



Espero que venho com calma, - pensei


- Obrigada minha filha!
- De nada D.Regina.


Ana Sousa*

Personagens

Ana: É uma jovem de 19 anos, cabelo loiro encaracolado e tem um corpo normal, nada de exuberante. Mora em Lisboa à cerca de 4 meses. Começou a trabalhar numa associação para ajudar crianças debilitadas, e quando pode ajuda a sua amiga Rita numa loja de decoração. Pratica Natação, e adora musica.

David Luiz: É um jovem de 23 anos, brasileiro, vive actualmente em Lisboa e joga no Benfica.
Tem cabelo castanho com muitos cachinhos, é alto e bem estruturado. Adora incompreensivelmente  a sua família.
 



(Iram surguir outros personagens que seram devidamente identificados.) 

NOTA: Tudo o que aqui for postado é pura ficção! Qualquer parecença com a realidade é pura coincidência.