(Visão de Ana)
Ainda a tremer e com poucas forças que tinha tentei por-me de pé, mas em todas as tentativas voltava a cair. Quando finalmente me consegui por de pé tentei caminhar para fora dali mas, depois de dois ou três passos voltei a cair.
Tinha arranhões nas pernas de me tentar soltar e braço aleijado de quando caí na água, sentia a ardência de um lado ao outro da ferida como o sangue fervilhasse, bastava uma simples brisa.
Comecei a sentir que as forças me faltavam de novo e deixei-me estar no chão.
Ao longe avistava um vulto a correr, estava a ver desfocado o que me fazia impressão. Senti a minha cabeça andar á roda e o olhar cada vez mais fechado.
Esse vulto que se aproximava parou, e de repente correu ainda mais de força até mim.
- Ana! Ana! Quê que passou? Como é que você está assim? Ó meu Deus! - Disse passando a mão na minha cara e olhando para o meu estado. Não consegui pronunciar nada. Aquele sotaque... - Vem, eu levo você. - Era o David.
Sentia-o aflito, com a lágrima no olho, e eu própria já não aguentava mais o meu estado. Só sentia dor, frio e mágoa.
- Você tá morrendo de frio. Já saímos daqui linda.
Vestiu-me o casaco dele, pegou em mim ao colo com muito cuidado e levou-me o mais rápido que pode para junto do seu carro.
Puxou o banco da frente para trás e deitou-o de maneira a que ficasse deitada também. Cobriu-me com uma manta que tinha no carro, deu-me um beijo na testa e disse:
- Tem calma tem, vou cuidar de si meu anjo. - Disse olhando-me nos olhos.
Deu a volta ao carro num ápice e entrou. Saiu de lá disparado e pregou fundo.
Sentia dores por todo lado, e não conseguia parar de tremer. Ele estava cada vez mais preocupado e eu não queria.
- Vou levar você ao hospital, não se preocupa não!
- Na, não... - Não queria ir ao hospital e fiquei mais agitada. - Davi... - Tentei falar mas não conseguia.
- Não, não precisa falar nada agora não. Já percebi, vamos pra' sua casa, e depois vemos. Depois você me explica. Descanse. - Disse tirando os olhos da estrada.
(Visão de David)
Acordei cedo hoje, não tinha sono e não me apetecia ficar na cama. Me vesti e fui até ao carro. Queria ir á "minha praia". Andava confuso, e lá sempre conseguia pensar.
Parei o carro a beira de um bar e fui correr junto ao mar.
Comecei a ver uma pessoa deitada na areia que parecia estar um pouco incomodada, e por segundos pareceu-me familiar. Parei e quando vi direito, confirmei as minhas suspeitas.
Corri, e vi ela no chão, tremendo de frio e toda machucada. Meu coração mingou ao ver ela daquele jeito. Não podia acontecer nada de mau com ela, não se eu pudesse evitar.
Tirei meu casaco e vesti nela com muito cuidado para não a machucar. Peguei ela ao colo e fui até ao carro. Tentei por ela bem e a aquecer um pouco.
Estava super preocupado com ela, estava num estado muito fraquinho, nem quero imaginar se não tivesse aparecido. Aquela praia é quase sempre deserta. Ela iria ficar lá caída.
Ainda tentei levar ela ao hospital, mas senti ela ficar agitada e não queria ir. Decidi leva-la então pra' sua casa. A Rita estaria lá e depois íamos ao hospital.
Quando cheguei a sua casa estacionei junto à porta e corri para junto dela.
Peguei nela ao colo e dei-lhe um beijo na testa.
- Estou aqui consigo! - disse-lhe nos olhos. Ela tentou sorrir mas não conseguia.
Subi e bati à porta de forma desesperada. Sentia ela fraca e isso me deixava aflito.
Logo logo a Rita veio abrir a porta como já estivesse à espera dela. Quando olhou para a Ana deixou cair as lágrimas que não conseguiu evitar, e a Ana também não se conteve e chorou.
Havia ali alguma coisa que não sabia. Talvez a razão de encontrar ela naquele estado.
Vi que o Rúben estava lá com ela, e veio logo ajudar.
Deitei ela no sofá e a Rita foi buscar a caixa dos primeiros socorros.
- Obrig..ada David!
- Xiiu, não se preocupa não. Já me ajudou muito...
Começamos a tratar das feridas dela e eu foi buscar um casaco quentinho pra' vestir nela. O Rúben chamou-me à parte. Queria falar comigo.
- Mano, onde ela estava?
- Caída na praia, estava correndo e vi ela la deitada, morrendo de frio e assim, fraquinha. - disse cabisbaixo e visivelmente com medo que lhe acontecesse alguma coisa. - Manz, que se passa?
- Mano, ela ontem durante o jogo recebeu uma chamada do primo. A mãe dela faleceu ontem... E a partir daí nunca mais a vimos. Ainda a fomos procurar mas foi em vão. Ela não deu mais noticias.
- O quê Rúben? A mãe da Ana? Ó meu Deus, coitadinha dela! - Estava em choque e ao mesmo tempo desesperado pelo sofrimento que imaginava ela estar.
Fui para junto dela e dei-lhe a mão. Não iria sair do pé dela. Não agora.
- Vou ficar aqui com você linda. Não vou embora não.
Senti ela a pressionar minha mão como um obrigado e fiquei junto dela enquanto a Rita tratava das feridas.
ela me faxinava e eu não era o mesmo David se tivesse longe dela...
Desculpem,este teve mesmo
que ser assim pequenino.
Ana Sousa*
Está tão lindo aninhas *,*
ResponderEliminarQuero mais ;D
Beijinho
Adoro a tua fic , sigo os teus textos todos os dias *
ResponderEliminar- Espero que me surpreendas mais do que já estou . Continua ! ;)
Amo a tua fic, adoro cada capítulo
ResponderEliminarFico à espera do próximo :)
Beijinhos ^^
adorei...
ResponderEliminarquero mais...
continua...
Passei a noite toda a ler desde o início e estou a amar. Parabéns! :)*
ResponderEliminar(Vou seguir)
adoei, estou a espera dos proximos capitulos. bjs continua
ResponderEliminarOi!!Tenho de te pedir desculpa, porqe só agora é qe vi qe não tinha comentado este capitulo!! Mas qeria.te dizer qe gostei bastante e estou curiosa!!
ResponderEliminarSabes qando postas o próximo???
Fico á espera.
Bjokas e continua...
Tatty