quinta-feira, 5 de maio de 2011

30º Capítulo - "Anaa!"

Ola meus amores. Quero pedir-vos imensaaaaaaas desculpas, mesmo.
Estas semanas têm sido um caos! Andei mais de uma semana sem net e os testes não me têm deixado postar.
Mais uma vez peço desculpa e espero que não tenham desistido da fic :(
Sei que mesmo assim é pequenino e no meu ponto de vista [muito fraco] mas não deu para mais, tanto a nível de tempo como pessoal
Beijinhos,    A'S
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Palavra – Medo

Ontem tinha vindo para a cama um pouco tarde, o David foi embora algum tempo depois de quase sermos “apanhados” pela Rita ao entrar na sala, contudo, a minha menina não estava a conseguir dormir e posemos-nos as duas à conversa durante algumas horas. Finalmente tinha acordado antes que o irritante do meu despertador tocasse e, assim que este despertou, apressei-me em desliga-lo.
Era segunda-feira e por incrível que pareça, quase no fim de Fevereiro, fazia-se notar um dia um calorento, onde o sol, numa das pontas, já se fazia notar com uma luz intensa e brilhante. Dava-me uma vontade de vestir uma roupa fresquinha e ir caminhar, mas não podia, senão chegava atrasada. Procurei uma roupa para vestir e quando estava pronta fui acordar a Tááh para ver se ela ia trabalhar hoje.
Cheguei perto dela e beijei-lhe a face, ela virou-se para mim e sorriu.

- Bom dia linda. – Disse antes que ela abrisse os olhos.

- Bom dia…

- Amor, põe a pé. Vamos tomar o pequeno-almoço. – Ela olhou para mim e voltou à realidade.

- É melhor… - Não a deixei acabar.

- Oh Rita, não te podes esconder em casa, tens que viver a tua vida! Não te podes deixar abater amor… Tens que continuar a vive-la normalmente. E como tu disseste, ele não te viu… - Ela não me deu mais tempo de falar, amarrou-se a mim e deu-me um abraço apertado.

- Obrigada! Obrigada meu amor… Sem ti não sei se conseguia.

- Conseguias sim, como já conseguiste uma vez… Oupa, a pé menina! Está solzinho e temos um pequeno-almoço para tomar e não temos nada em casa.

Enquanto ela se vestia estive a fazer uma lista daquilo que precisávamos em casa para depois não me esquecer de nada. Ela veio para a sala e eu comecei a pegar com ela.

- Sim senhora, isso tudo é p’ra mim? Ou será pró rapaz do Benfica?

- Não sejas parva, estou normal…

- Claro, claro… - Deitei-lhe a língua de fora e peguei nas minhas coisas. – Vamos.

Assim que saímos sentia-a a hesitar, mas dei-lhe a mão e ela acalmou-se. Fomos tomar o pequeno-almoço a um café ali á beira e, enquanto comíamos, combinámos que quando saísse da associação eu iria às compras e passava na loja dela antes de ir para casa.

- Linda, tenho que ir. Se precisares de alguma coisa liga, está bem?

- Sim, ligo. Também tenho que ir.

Despedi-me dela e fomos cada uma para o seu carro. Assim que me sentei lembrei-me de ligar ao David e dar-lhe os bons dias. Ele atendeu pouco tempo depois.

- Bom diaa macarrão!

- Bom dia meu amô. ‘Tá tudo bom?

- Está, não me digas que te acordei? – Disse receosa.

- Não gatinha, estou preparando as coisas pró treino. E você, ‘tá indo trabalhá?

- Sim, ia agora conduzir mas apeteceu-me ouvir a tua voz…

- E ‘tá ouvindo… Meu amô, tenho que ir…

- Vai vai senão ouves do Jorge Jesus. – Sorri. - Amo-te!

- Também te amo garota. – Sorrimos e desligamos ao mesmo tempo.

O percurso até à instituição foi rápido e assim que cheguei fui logo dar um beijinho nos meus meninos. A D. Adelaide já lá estava a dar o pequeno-almoço e eu apressei-me em ir ajudá-la.
Os meninos eram todos muito queridos e facilitavam ao máximo o trabalho feito por todos. Respeitavam e também mereciam respeito, que muitos deles não receberam em casa dos pais ou de qualquer outro familiar.
Os laços de amizade entre mim e o Bruninho era cada vez mais fortes e eu já não descolava daquele miúdo por nada, era um menino de ouro.

- Anaa!

- Diz meu amor. – Disse enquanto lhe abraçava com força e dava um beijinho na sua bochecha pequenina e de criancinha.

- ‘Tava com tantas saudades tuas…

- Eu também bonequinho… E os outros meninos, estão se a portar bem? Ou esqueceste-te do nosso acordo, heim? – Disse baixinho ao piscar-lhe o olho.

- Estão sim, nós portamo-nos sempre bem.. – Sorriu.

- Venho já ‘tá bom? Comes isso todinho enquanto vou ali?

- Sim, vai lá.

Eu adoro aquele pequenino, as vezes nem parece a idade que tem, sabem quando uma pessoa tem que aprender a crescer “ao tempo dos outros”? Pois ele está a crescer assim. Pela culpa dos outros, pela injustiça e egoísmo da sua mãe, ele está hoje aqui, longe dos pais e da família, longe do carinho, não do carinho em geral, mas do carinho que só a mãe e o pai sabe dar quando um filho é assim tão novo… E ele agora tem que viver sem isso, aprender a viver e a crescer longe das coisas a que muito não dão o devido valor e só escorraçam os pais para que lhes deixem em paz…
Estava a atravessar o corredor quando ouço a voz do Sr. Gonçalo.

-  Ana…

- Bom dia Sr. Gonçalo.

- Bom dia… Olha, quero te apresentar a nova fisioterapeuta aqui da associação. Ana é a Carla, Carla é a Ana.

- Prazer, tenho a certeza que vai gostar de trabalhar com estes meninos. – Disse.

- Tenho a certeza que sim…

***
Assim que saí da associação fui ás compras, não podíamos passar mais nenhum dia assim. Quando entrei e olhei para a lista que tinha nas mãos mordi o lábio, ia dar trabalho.

Comecei pela comida, arroz, pão, massa, carne, peixe, batatas, queijo, etc, etc, etc. Depois decidi ver os produtos de higiene ao qual comprei o necessário e um creme hidratante pois a minha pele tem se tornado muito seca ultimamente.
Assim que acabei as minhas compras meti-me no carro e dirigi até á loja da Rita.

- Olá meu anjo.

- Olá pequenina.. Pensava que ias chegar mais cedo.

Olhei para as horas.

 - Heish, desculpa… Nem dei por ela das horas passarem, mas olha que também fome não passas tão cedo.

- Então? Já foste ás compras?

- Já, e olha que ainda me deu um trabalhinho. Não tínhamos mesmo nada em casa. – Sorri. – E tu linda, como estás?
- Estou melhor amor… Olha, não queres ir embora já? Estava aqui a arrumar isto e depois podíamos ir…

- Rita…

- Diz.

- Não estas a fugir?

- Não Ana, não estou. Isso está a passar…

- Ainda bem. – Sorri. – Eu ajudo-te e depois podemos ir.

Assim que acabamos pegamos nas coisas e saímos. Ainda notei muito medo e insegurança assim que saímos. Olhava para todos os lados e cantos mais do que uma vez para ver se via alguma coisa, talvez ele. Custava-me muito vê-la assim, triste, insegura e desprotegida. Ela foi e é o meu pilar e sei que vai estar sempre, por isso, queria dar-lhe tudo o que ela merece, o apoio, a segurança, o carinho. Quero demonstrar-lhe que eu estou aqui para o que ela precisar, quero apoia-la sempre mas, por vezes, tenho medo de não o conseguir cumprir…

 Ana Sousa*

6 comentários:

  1. Oh meu anjo, lá 'tás tu com essas tuas inseguranças todas :/
    Já sabes que eu adoro aquilo que escreves e não vou parar de o afirmar por sei que é verdade independentemente de tu pensares o contrário :)
    Já estava cheia de saudades de uma capitulo teu e este sem dúvida que me abriu ainda mais o "apetite" :b
    Sabes que quero mais... muito mais :D

    Txii amo gata (a)*
    Júca ♥

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  2. adorei...

    quero mais...

    continua...

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  3. Tá lindo :)

    continua :D

    beijinhosss

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  4. Gosto muito continua esta muito fofinho:P se quiseres seguir a minha fic http://oamoreunico.blogspot.com/
    Beijinhos e continua

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  5. olaaaaaaaaa


    amei


    lindo,lindo :d


    beijinhos

    Annie

    Annie

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